Meu dia dos namorados....

O mais proximo que chegamos nesse dia 12 foram trocas de declarações, planos e sonhos pelo skype. Fica aí emoldurado um momento!

NÃO TE APAIXONA! NÃO TE APAIXONA! NÃO TE APAIXONA!

Foi com essa frase fixa na cabeça que fui dormir depois daquele dia. Mas como fugir das coisas que caíam claras e rosas no meu colo? O que estava acontecendo entre você e aquele cara ontem, Nanda? Me metralhou Maria descabelada na manhã seguinte. Não, sei. Ele disse algo? Tu viu algo? Ele deu a entender? - respondo eu. "energias, senti energias", respondeu ela que nada tem olistica ou coisa parecida.
Não posso me apaixonar, não posso me apaixonar, não posso me apaixonar, seguí pela semana....Mas posso dar uns pegas, pensei quando tomava cerveja com um amigo em comum dos meninos. "David, y este tu amigo vasco, Jon Mikel, que? Soltero?" larguei. "Mas que os pasa a los dos???" Me respondeu ele. Que passava? Que acontecia? Jon Mikel também foi vítima do cupido, naquele mesmo momento, e procurava informações sobre mim com aquele mesmo amigo.
Pronto! Atrapados, amarrados e cegos um pelo outro, nosso destino tinha se unido e começavamos a dar-nos conta disso agora.

Começando as apresentarções: este é Jon Mikel, pelas lentes da minha Lomo, numa manhã de Bercelona. Fomos tomar café na esquina da minha (ex) casa, no parque Ciudadella. Não é fofo???
AMOOOO!

COMO TUDO COMEÇOU

Foi no dia 17 de fevereiro. Sobre as 11h da noite vejo a porta de casa se abrir e Luca, meu então cologa de apartamento entrar. Seguido dele, vem Pepe "-Hola chicos", digo. E fico sem ar. Atrás de todos entram os olhos mais lindos que já ví. Não eram olhos azuis, ou verdes ou com qualquer outra característica que dois olhos lindos podem ter. Mas eram os olhos mais lindos que eu já tinha visto. E aqueles olhos me olharam também. Não sei por quanto tempo, não deve ter sido muito, mas também pode ter sido por uma eternidade. E meu mundo parou.
Ato involuntário, corri pra sala onde aqueles olhos haviam sentado com meus amigos.
"Oi olhos, como te chamam?" tive vontade de dizer. Os olhos então entraram nos meus e se apresentaram: "hola, me llamo Jon Mikel, creo que ia nos hemos cruzado antes". Imagina, certamente não, como eu iria esquecer?, pensei. Bom, na verdade eu disse. Disse algo assim, não tão direto, mas algo que me escapou no nervosismo do momento. E ele respondeu "Ya te he visto sí. No me olvidaria".
Daquele momento até que aqueles grandes olhos castanhos chamados Jon Mikel sairam da minha casa, eu não consegui mais fita-los. Tentei conversar, fiquei pela sala, falei muito com Pepe e os demais, mas simplesmente não conseguia olhar para Jon. Cruzar com aqueles olhos de novo me faziam suar frio, gaguejar, e sentir mil, milhões de borboletas no estomago.E eu tinha medo.
Tinha medo porque eu sabia o que estava acontecendo e sabia que aquilo não podia acontecer. Dentro de 2 semanas eu embarcava de volta para o Brasil. (Até então) para sempre!